sexta-feira, 11 de abril de 2008



A maioria das pessoas provavelmente não se dá conta da presença da Braskem em suas vidas. Mas basta uma olhada em casa, no carro ou no escritório para perceber objetos de plástico - muitos deles feitos com resinas produzidas pela Braskem - que são fundamentais para o conforto diário e a praticidade da vida moderna. Artigos como escovas de cabelos ou dentes, mamadeiras, utensílios domésticos, mochilas, embalagens, componentes automotivos, peças de computador, sacolas, fios, cabos, esquadrias de janelas, entre outros, são feitos de resinas termoplásticas tais como polietileno, polipropileno e PVC, que constituem o foco dos negócios da empresa. A Braskem tem como bases de sua estratégia a liderança de mercado, a competitividade e a autonomia tecnológica, alinhadas com o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável.

Em julho de 2001, a Odebrecht, em parceria com o grupo Mariani adquiriu o controle da Copene (Central Petroquímica de Camaçari). Os dois grupos uniram suas empresas petroquímicas criando a Braskem, a primeira petroquímica integrada do país, isto é, que combina operações da primeira e da segunda geração da cadeia produtiva do plástico, em uma única empresa. A primeira geração é responsável pelo ciclo de negócios ligados à produção de matérias-primas básicas como eteno, propeno e cloro, fundamentais para a segunda geração, que cuida das resinas termoplásticas. Por estar integrada na cadeia produtiva, a Braskem tem grandes vantagens competitivas, como escalas de produção e eficiência operacional.

Tecnologia

A Braskem possui o maior e mais moderno complexo de pesquisa do setor na América Latina que é o Centro de Tecnologia e Inovação Braskem (CTI). O CTI conta com unidades em Triunfo, no Rio Grande do Sul, Camaçari, na Bahia, e em São Paulo, nas quais são desenvolvidos produtos, processos, aplicações e novos mercados em parceria com os clientes, os transformadores de plástico, que compõem a terceira geração. Dessa forma, a empresa agrega valor e competitividade para toda cadeia produtiva da petroquímica e do plástico.

A Braskem está sempre buscando ampliar mercados e fidelizar seus clientes por meio do desenvolvimento de novas resinas e alternativas de uso para o plástico. Investe cerca de R$ 50 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento e conta com o Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, para apoiar os clientes e contribuir para a melhoria da competitividade da cadeia petroquímica e dos plásticos.

O Centro de Tecnologia e Inovação é o mais moderno e bem equipado do setor na América Latina, com ativos nos quais foram investidos mais de R$ 330 milhões e utilizados por uma equipe de cerca de 170 pessoas, entre pesquisadores e técnicos, para o desenvolvimento de produtos, processos e aplicações em parceria com clientes. Uma de suas unidades está localizada no pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul, que conta com onze laboratórios e seis plantas-piloto direcionados para os negócios de Poliolefinas.

O Centro de Tecnologia e Inovação mantém uma unidade em Camaçari com sete laboratórios semelhantes aos de Triunfo e uma planta piloto para realização de testes e pesquisas dedicadas ao desenvolvimento do (polietileno de ultra alto peso molecular), um plástico de engenharia com diversas aplicações (filtros industriais, fibra para proteção anti-balística, protetor de caçamba de caminhão, deslizador para esquis, placas para corte, esteiras de transporte, entre outros). As unidades de Triunfo e de Camaçari são complementares e atuam de forma integrada e coordenada.

Em São Paulo, outra unidade especializada em Vinílicos desenvolve e aprimora formulações, processos e produtos de PVC, em parceria com os clientes, além de oferecer treinamento e suporte no desenvolvimento de aplicações. Possui um conjunto completo de equipamentos para a pesquisa de novos compostos e teste do desempenho da resina, além de um showroom de aplicações.

O resultado desse trabalho é fundamental para a autonomia tecnológica da Braskem e cria valor para seus acionistas e clientes. A empresa tem mais de 180 patentes depositadas no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa e um conjunto consistente de projetos que lhe permite lançar constantemente novidades nos mercado, além de conquistar inúmeros prêmios.

Um bom exemplo desse esforço é a tecnologia desenvolvida para a produção do Plastwood, composto de PVC com madeira, voltado para o mercado de acabamentos de tetos, revestimento e decks especiais. Outro lançamento recente é o composto de PVC aplicado em tapetes para a indústria automobilística.


Tecnopolo

Por intermédio do Programa NeoPVC (Núcleo de Estudos Orientados do PVC) (www.neopvc.com.br), a Braskem estimula a pesquisa orientada à geração e divulgação de novas tecnologias do PVC, além de formar mão-de-obra especializada e agregar parceiros da comunidade acadêmica.

A Braskem mantém um convênio com a Universidade de São Carlos (UFSCar) para o desenvolvimento de novas tecnologia do PVC. Outros convênios, com a Finep e a Escola Politécnica da USP, por exemplo, permitem ao Centro testar e avaliar o comportamento de provas de PVC expostas à chuva, radiação solar e umidade em cidades de climas diferentes: Belém (PA), São Paulo (SP) e Rio Grande (RS).


Notícia

Braskem se expande na América Latina para brigar com Oriente Médio
Plantão Publicada em 01/04/2008 às 16h15m
Reuters/Brasil Online


RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os projetos da Braskem na Venezuela vão colocar a empresa em pé de igualdade para competir com rivais do Oriente Médio e, com demais planos de expansão, podem levar a companhia ao grupo das dez maiores petroquímicas do mundo, avaliou o presidente da empresa, José Carlos Grubisich.

Depois de consolidar sua presença no Brasil, em uma operação de troca de ativos com a Petrobras, no ano passado, a Braskem parte para a internacionalização buscando as mesmas armas dos seus principais concorrentes: fábricas localizadas perto de um grande volume de matéria-prima.

Na Venezuela, a maior petroquímica da América Latina desenvolve, junto com a estatal petroquímica venezuelana Pequiven, projeto de 3,5 bilhões de dólares que vai aumentar em 450 mil toneladas a produção de polipropileno da companhia a partir de 2010, ou 40 por cento a mais, e em 1,2 milhão de toneladas a de polietileno usando gás natural a partir de 2012, um salto de 50 por cento nesse segmento.

"Isso abre uma perspectiva muito grande para consolidar nossa posição de um ator mais importante na Europa e América do Norte, porque vai colocar em termos de custo de produção a Braskem em linha com os principais concorrentes do Oriente Médio. Ficamos em condições de igualdade", disse Grubisich durante o Reuters Latin America Investment Summit, no final da tarde de segunda-feira.

Ele disse não temer eventuais problemas com o governo nacionalista de Hugo Chávez, afirmando que a produção de produtos petroquímicos para agregar valor aos hidrocarbonetos é interessante para o país em qualquer cenário.

"É um projeto que tem evidente interesse estratégico e atratividade econômica financeira para a Braskem, mas traz vantagem para a Venezuela ao agregar valor ao petróleo e gás, isso que nos dá uma segurança muito grande de que esse projeto é vantajoso em qualquer cenário de Venezuela futura", afirmou.

PERU E BOLÍVIA

Estudos para repetir a mesma fórmula no Peru e na Bolívia estão sendo desenvolvidos, segundo Grubisich. O projeto do Peru está mais adiantado, enquanto na Bolívia, depois de congelado no ano passado devido a incertezas de fornecimento de gás natural, ainda é dúvida na companhia.

A idéia no Peru é aproveitar o gás natural do campo de Camisea, explorado pela Repsol-YPF e Petrobras, para produzir na costa do Pacífico polietileno visando os mercados da costa oeste americana e possivelmente Ásia.

"Seria uma nova unidade industrial de polietileno que ainda estamos em fase de discussão com nossos parceiros potenciais, que são a Petroperu, parceiros peruanos e Petrobras", informou.

Já na Bolívia "planos ainda embrionários", segundo Grubisich, apontam para a produção de polietileno visando os países do Mercosul, principalmente Brasil e Argentina.

"A decisão de investimento no Peru deve ser tomada ao longo de 2008 e os projetos na Bolívia vão depender de uma série de questões, de pré-requisitos e premissas para gente poder avançar", afirmou o executivo.

Entre as determinantes estão o modelo de investimento que será desenvolvido na área de óleo e gás na Bolívia e como serão retomados os investimentos para buscar novas reservas e colocar novas áreas em produção. "Se não tiver gás não tem petroquímica", lembrou Grubisich.

Depois de suspender investimentos na Bolívia com a nacionalização do setor de hidrocarbonetos, em 2006, a Petrobras estuda a retomada da exploração e produção naquele país, mas nada ainda foi concretizado.

Para subir na escala mundial, a Braskem também conta com expansões no Brasil e a entrada no mercado de produtos a partir de matérias-primas renováveis. Este mês, a Braskem inaugura uma nova fábrica em Paulínia, com capacidade para 300 mil toneladas de polipropileno, e tomou a decisão de aumentar a produção de PVC em 200 mil toneladas. A partir de 2010 produzirá 200 mil toneladas de polipropileno a partir de etanol.

"Temos três estratégias importantes e complementares: a consolidação no Brasil, que nos dá liderança incontestável em polietileno, polipropileno e PVC; o eixo de crescer no mercado internacional; e alavanca matérias-primas renováveis que no mundo hoje têm um apelo mercadológico muito grande", afirmou.

Fontes
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/04/01/braskem_se_expande_na_latina_para_brigar_com_oriente_medio-426632373.asp

http://www.braskem.com.br/

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