domingo, 8 de junho de 2008

NAFTA

O que é o NAFTA, países membros, objetivos, relações comerciais, vantagens, bloco econômico
NAFTA: bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e México


História do NAFTA



Vários projetos de economias supranacionais começaram a ser esboçados na década de 90, fortalecendo a tendência de alianças econômicas regionais. Em 1994, EUA, Canadá e México deram os primeiros passos rumo à formação de um economia supranacional, com a criação do NAFTA ( Acordo de Livre Comércio da América do Norte ). Juntos, formam um mercado de aproximadamente 380 milhões de habitantes e respondem por um PIB de 7 bilhões de dólares. O acordo prevê a criação de uma zona de livre comércio, onde a abolição total das tarifas aduaneiras só será colocada em prática no ano 2015. Entretanto, uma grande quantidade de produtos já circulava livremente entre os três países sem nenhuma taxação. A grande diferença socioeconômica entre México e os outros dois países do Nafta é o maior empecilho para a formação de um mercado único nos moldes da UE. Além disso, a unificação desse mercado suscita muitas incertezas e preocupações, tanto nos Estados Unidos como o México. O maior temor dos sindicatos norte - americanos e que ocorra transferência de indústrias dos Estados Unidos para o México, pela mão de obra mais barata o que causaria grande desemprego nos EUA. Os mexicanos acreditam que o fácil intercâmbio comercial entre os três países levará vários setores à falência devido a menor tecnologia mexicana. Outros acham que o Nafta aumentará a automação e robotização de várias atividades industriais e de serviços, aprofundando, conseqüentemente, o problema do desemprego.

Objetivos do NAFTA- Garantir aos países participantes uma situação de livre comércio, derrubando as barreiras alfandegárias, facilitando o comércio de mercadorias entre os países membros;


- Reduzir os custos comerciais entre os países membros;- Ajustar a economia dos países membros, para ganhar competitividade no cenário de globalização econômica;


- Aumentar as exportações de mercadorias e serviços entre os países membros;


Funcionamento do NAFTA (vantagens para os países membros)


- Empresas dos Estados Unidos e Canadá conseguem reduzir os custos de produção, ao instalarem filiais no México, aproveitando a mão-de-obra barata;


- O México ganha com a geração de empregos em seu território;


- O México exporta petróleo para os Estados Unidos, aumento a quantidade desta importante fonte de energia na maior economia do mundo;


- A produção industrial mexicana, assim como as exportações, tem aumentado significativamente na última década.


- A geração de empregos no México pode ser favorável aos Estados Unidos, no sentido em que pode diminuir a entrada de imigrantes ilegais mexicanos em território norte-americano;


- Negociando em bloco, todos países membros podem ganhar vantagens com relação aos acordos comerciais com outros blocos econômicos.


Dados econômicos do NAFTA


- População: 418 milhões de habitantes


- PIB (Produto Interno Bruto): 10,3 trilhões de dólares


- Renda per Capita (em US$): 25.341 (fonte: Banco Mundial)

NOTICIA



O tratado de livre comercio entre CHILE & EUA


O Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos se originou em 1994, quando Clinton – então presidente norte-americano – propôs a Frei a incorporação do Chile ao Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). Isso nunca foi objetivo do governo chileno, apenas um “convite” ao qual não se podia recusar. A oposição de sindicatos e ambientalistas norte-americanos à ampliação do Nafta levou a Casa Branca a optar por um tratado bilateral. O fato de a economia chilena ter sido considerada a mais próxima do modelo norte-americano fez o TLC com o Chile ser impulsionado por transnacionais e políticos estadunidenses como um passo adiante em seu velho sonho de anexar as nações do continente. Ao obterem a ratificação chilena em dezembro de 2003 os Estados Unidos alcançaram três objetivos: a) avançar em sua disputa com os capitais europeus e asiáticos pela supremacia no continente; b) consagrar um caminho alternativo – os tratados bilaterais – caso fosse arruinada a Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas); e c) bloquear a entrada do Chile ao Mercosul – o que poderia limitar a expansão norte-americana na região. A Casa Branca, com razão, qualificou o Acordo como um êxito “geopolítico”.

A estratégia econômica norte-americana para dominar o mundo é a imposição das regras de “livre comércio” internacional em todos os países. Em meados dos anos 1990 os Estados Unidos alcançaram dois grandes êxitos: a criação da Organização Mundial de Comércio (OMC) e do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Tlcan ou Nafta) com Canadá e México.


Um antecedente importante: os efeitos do Nafta no México


Para avaliar os efeitos do TLC( Tratado de livre comercio ) entre Chile e Estados Unidos é necessário conhecer as conseqüências do Nafta no México.


Nesse país latino-americano a independência econômica, a fortaleza industrial e as condições de vida das grandes massas foram deterioradas. O país se tornou mais dependente dos Estados Unidos – a ponto de 74% das importações provirem do norte e 89% das exportações dependerem do mercado norte-americano. A taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) depois do Tratado ainda é muito inferior à sua taxa nos anos 1980. A crise da economia norte-americana iniciada em 2001 reduziu de imediato à taxa de crescimento mexicana. A expansão das empresas maquiladoras – a maioria delas sucursais de multinacionais – não significou um maior estímulo para as indústrias mexicanas, pois 98% das peças e componentes utilizados por elas, são importados dos Estados Unidos e de outros países, com as quais encaixavam os produtos que logo a estatística registra como “exportações mexicanas”. Na verdade, apenas 4% dessas exportações correspondem a empresas mexicanas. Entretanto – tal como se temia – a avalanche de produtos agropecuários norte-americanos fortemente subsidiados, está causando danos entre os camponeses e os pequenos e médios agricultores. Como resultado líquido dos primeiros oito anos do Tratado, deixou-se de cultivar 10 milhões de hectares e 6 milhões de camponeses emigraram. Evocando o fatídico capítulo 11 do Tratado, as multinacionais apresentaram petições contra o Estado nacional e os governos estaduais exigindo a anulação de normas ambientais e de outras regras ou o pagamento de fortes indenizações.

Comentário
Esta noticiza é bastante interessante, pois ela nos informa que o NAFTA não é bom para todos os seus membros e por isso o Chile está se esquivando deste grupo, com medo de ficar dependente dos Estados Unidos ou até do Canadá como está o México.

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